Troca de Corpos
Em um encontro à três, Martha usa o cintaralho, assume o papel masculino e leva a amiga Amanda ao orgasmo. Freud apenas assiste, sem participar. Quando Amanda quer inverter os papéis, Martha surpreende a todos.

Domingo, duas da tarde. A estrada está tranquila, mesmo para um retorno de feriado prolongado. Em duas horas Freud e Martha estarão em casa. Pista de mão dupla, Freud mantém a velocidade constante, com o uso do piloto automático. No rádio, uma trilha sonora leve. Eles conversam sobre o final de semana.
-Freud, a Francine é um furacão, né?!
-Uma mulher intensa. Forte. Corajosa. Inteligente. Gostei…
-Assim eu fico com ciúmes…
Ele não cai na provocação dela.
-Todos esses adjetivos você já tinha usado.
Ela capitula.
-Verdade…
-O que te deu mais tesão no fim de semana?
-Foi quando eu e ela nos pegamos. Ela beija muito bem. E tem uma pegada forte. Gostei demais! E você?
-Bater na bunda dela com você olhando. E vice-versa.
-Eu vi. Você com uma cara de criança entrando numa loja de doces!
Os dois riem. A viagem segue tranquila. Freud tem uma dúvida.
-Você gostou de usar o cintaralho?
-Gostei! Me senti muito poderosa.
-Se sentiu como um homem?
A pergunta a faz refletir. Ela olha pela janela, em silêncio. Freud insiste.
-Se sentiu?
-Estou pensando… não, não me senti como um homem…
Mais um tempo em silêncio. E a reflexão chega a um resultado.
-E eu gostaria de me sentir como um homem.
Freud quer saber mais.
-No que está pensando, exatamente?
-Não sei… sua pergunta me fez refletir… eu acho que eu quero me comportar como você se comporta, quando está com uma mulher. É isso! Eu quero ser o Freud!
-Eita! E como vai ser isso?
-Não sei… mas eu vou fazer isso… pode anotar!
A viagem segue…