Paquerando no Pub
O pub lotado é o palco para Martha usar suas melhores armas e cumprir o desafio de seduzir um desconhecido.

Sexta-feira, meio-dia, expediente encerrado: chopinho e petiscos para o almoço, no barzinho agitado de São Paulo. Martha pede o segundo chope enquanto Freud mal tocou no primeiro. Ele faz a graça de sempre:
-Tá vazando seu chope, Martha?
-Vai me controlar agora, Freud?
-Prefiro aproveitar o efeito que o chope causa em você, mais tarde.
-E quem disse que vou deixar você aproveitar?
As provocações se sucedem e quando o terceiro chope de Martha chega, ela se aproxima e informa discretamente:
-Não olhe agora, mas o rapaz da mesa dos meninos vai tentar alguma coisa.
Ele olha, discretamente, a tempo de ver um dos quatro rapazes se aproximar da mesa com as cinco amigas. Com o copo de chope na mão ele fala algo que faz as meninas sorrirem. A princípio a abordagem parece bem sucedida. Ele solta uma segunda frase que já não é tão bem recebida. Pelo gestual, parece que ele sentiu o nervosismo e segue falando. Elas agora o ignoram e, derrotado, ele volta para a mesa dos amigos.
-Fraquinho, não conseguiu nada.
-Coitado do rapaz, Martha. Pelo menos ele teve coragem de tentar. Melhor que os amigos que estão fazendo graça dele.
-Coragem sem habilidade é estupidez.
-Ah, falou a mestre em abordagens.
-Freud, modéstia à parte, eu sou boa nisso. Tenho várias, mas várias, histórias de sucesso.
-Ah, é?! Me conte uma…
-Uma dama não comenta suas aventuras, querido. Mas posso te mostrar.
-Adoraria ver. Quem será seu alvo?
Ela olha em volta e busca uma saída honrosa:
-Não tem ninguém interessante o suficiente aqui.
Ele aproveita a oportunidade:
-Então tenho um desafio: vamos a um PUB hoje à noite e você usa suas habilidades para pegar um desconhecido. Se conseguir, te pago uma prenda. Se não conseguir, a prenda é sua.
Desafiada e, ao mesmo tempo, excitada com a possibilidade, ela embarca na conversa dele:
-Só um?! Muito fácil. Pode escolher o lugar.
-Tem um PUB ali no final da rua. Hoje tem uma banda de rock ao vivo. Oito horas?
-Combinado. Só não dê vexame quando me ver com o cara mais bonito da balada.
-Olha só, temos uma sedutora entre nós!
As provocações continuam, enquanto os dois acertam os detalhes. Para vencer, Martha terá que convencer o homem a deixar o PUB com ela.
-E se eu me animar a passar a noite com ele?
Freud sente a provocação, mas não recua:
-Faça o que você quiser. Só me conte tudo depois.
Os dois brindam e seguem conversando sobre a aventura de logo mais.