No Provador do Shopping

Domingo. O dia começa cedo para Freud. Às sete ele já está de pé. Toma um banho e deixa Martha dormindo no quarto. Na cozinha, prepara o café. Após o desjejum, lê e espera Martha acordar.

Às dez ela está de pé. Toma o café e o pão com ovos mexidos preparado por ele. Conversam na mesa da cozinha.

-Vamos ao cinema, Freud?

-Vamos. Vou comprar os ingressos.

-Compre para a sessão da tarde. Almoçamos no shopping, tomamos um café e vamos para o cinema.

-Certo. A primeira sessão é às quatro.

-Ótimo. Saímos ao meio-dia.

Duas da tarde, o casal faz seu pedido na cafeteria.

-Um café com leite e um bolo de limão.

-Um café coado puro.

-Certo, já trago o pedido de vocês.

Quando a garçonete sai, Martha provoca:

-Ficou olhando para a bunda dela, né, Freud?!

-De quem, Martha?!

-Não se faça de sonso. Da garçonete, ué?!

Freud se vira na cadeira para observá-la. É uma jovem bonita, de cabelos lisos, compridos e com uma bunda que se destaca na calça apertada do uniforme.

-Não tinha visto. É linda mesmo.

-Já quer comê-la, né?!

-Quem a viu foi você, Martha. Quer pegar a novinha, é?!

Freud a provoca, dizendo que adoraria vê-la com a jovem. Martha gosta. A garçonete volta com os pedidos.

-Café com leite e bolo de limão para o senhor. Café coado para a senhora.

-Martha. Não me chame de senhora.

A encarada e o sorriso deixam a jovem intimidada que sorri e sai.

-Certo, Dona Martha. Aproveitem o café.

-Assustou a moça, Martha.

Enquanto Freud sorri, Martha troca olhares com a jovem, que se refugiou dentro da loja.