Marinheiro Discreto

No passeio de lancha, a recomendação é evitar exposição perto do marinheiro. Martha ignora o conselho e o ataca. Depois, descobre que não foi a única.

Marinheiro Discreto
Photo by garrett parker on Unsplash

Terça de Carnaval. Quatro casais e o marinheiro na lancha. O dono explica:

-Vamos para o Caixa D’Aço. Cuidado com o marinheiro. Ele não sabe dos rolês.

Chegam em uma hora. Lotado. Som alto. Gente bonita. Bebidas.

Na lancha ao lado, muitas mulheres. Uma das meninas dá a ficha:

-Três casais do Sul. E contrataram sete meninas do job.

Uma bagunça! Drinques, banho no mar, azaração. O tempo passa. Martha se manifesta.

-Freud, esse marinheiro sabe de tudo…

-Se sabe, é discreto, Martha. Respeite o que nos pediram.

-Eu quero pegar ele…

Ela nem ouve a resposta. O marinheiro desce. Ela o segue. Ele está na pia.

-Apertado aqui, né?!

Ele se espreme, ela passa. Tira uma casquinha da bunda dele.

-Ops, desculpe.

Ele se vira de frente.

-Tudo bem.

Ela aperta o cacete dele. Está meia bomba.

-Se está tudo bem, vamos para a suíte.

Meia hora depois, ela conta.

-Matei a vontade, Freud. Primeira que ele pegou no barco.

As outras se aproximam. Ouvem. A dona do barco ri. E corrige:

-Primeira?! Não, Martha, você foi a última…

Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.

Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.

As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.

Se este aperitivo despertou a sua fome, eu te convido a se sentar à mesa. Torne-se uma Iniciada para ter acesso gratuito a séries de contos completas, com muito mais para saborear.