Marinheiro Discreto
No passeio de lancha, a recomendação é evitar exposição perto do marinheiro. Martha ignora o conselho e o ataca. Depois, descobre que não foi a única.

Terça de Carnaval. Quatro casais e o marinheiro na lancha. O dono explica:
-Vamos para o Caixa D’Aço. Cuidado com o marinheiro. Ele não sabe dos rolês.
Chegam em uma hora. Lotado. Som alto. Gente bonita. Bebidas.
Na lancha ao lado, muitas mulheres. Uma das meninas dá a ficha:
-Três casais do Sul. E contrataram sete meninas do job.
Uma bagunça! Drinques, banho no mar, azaração. O tempo passa. Martha se manifesta.
-Freud, esse marinheiro sabe de tudo…
-Se sabe, é discreto, Martha. Respeite o que nos pediram.
-Eu quero pegar ele…
Ela nem ouve a resposta. O marinheiro desce. Ela o segue. Ele está na pia.
-Apertado aqui, né?!
Ele se espreme, ela passa. Tira uma casquinha da bunda dele.
-Ops, desculpe.
Ele se vira de frente.
-Tudo bem.
Ela aperta o cacete dele. Está meia bomba.
-Se está tudo bem, vamos para a suíte.
Meia hora depois, ela conta.
-Matei a vontade, Freud. Primeira que ele pegou no barco.
As outras se aproximam. Ouvem. A dona do barco ri. E corrige:
-Primeira?! Não, Martha, você foi a última…
Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.
Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.
As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.
Se este aperitivo despertou a sua fome, eu te convido a se sentar à mesa. Torne-se uma Iniciada para ter acesso gratuito a séries de contos completas, com muito mais para saborear.