Fim de Festa
Cinco da manhã, Martha pede para Freud chamar o Uber para irem para casa. Enquanto ela vai ao banheiro, uma amiga se aproxima e o faz mudar os planos.

Última festa do Carnaval. Cinco da manhã. Sentados no sofá, Martha não aguenta mais.
-Freud, chame o Uber. Vamos embora.
-Já chamei, mas vai demorar.
Ela se levanta.
-Vou ao banheiro.
Alguns amigos se aproxima. Um casal e uma solteira. Freud ouve a solteira.
-Podem ir. Eu espero vocês aqui.
Ela olha ao redor. Freud a chama.
-Pode sentar-se aqui. Te faço companhia.
O casal segue. Ela senta.
-Martha é ciumenta?
-Fique tranquila.
-Eles vão se pegar. Eu não vou ficar de vela.
-Acho que eles não queriam que você só assistisse…
Ela abraça Freud. O encara, com desejo.
-Tenho outros planos.
Ele devolve o olhar. Acaricia o rosto dela.
-Quais planos?
-Tem certeza que Martha não é ciumenta?
-Tenho.
Ela o beija. Ele apalpa as pernas dela. Ela, devolve, apertando o o cacete dele. Martha chega.
-Freud, o Uber já chegou?
Ele se levanta com a amiga. Segue para o cafofo.
-Cancelei, Martha. Daqui a pouco chamo outro…
Martha senta no sofá, resignada. Murmura baixinho.
-Isso vai te custar caro, Freud…