Esquenta em São Paulo
Freud e Martha e a amiga Amanda participam de um esquenta no quarto de Júlio e Carla, antes de visitarem uma casa de swing. E o clima esquenta mais do que o esperado.

-Eles chegam em vinte minutos, Freud. Carla mandou mensagem.
-Ótimo. Vou pedir um vinho, então.
O garçom serve o vinho escolhido. O restaurante está cheio. Freud e Martha escolhem seus pratos, enquanto aguardam a chegada de Júlio e Carla. Eles chegam.
-Quanto tempo, Freud! Que bom revê-lo!
-Olá Júlio, como está! Oi Carla, tudo bem?!
Os quatro se cumprimentam. Sentam-se à mesa. O garçom trás mais taças. Freud faz o brinde.
-Ao nosso reencontro!
A animação toma conta do grupo. Júlio e Carla foram a uma casa de swing na noite anterior. Júlio dá os detalhes.
-Estava lotada! É semana de aniversário da casa. Ontem tinha uma atração famosa tocando. Encontramos com alguns amigos e fizemos novos. Foi muito divertido!
Carla completa.
-Fomos dormir já com o dia amanhecendo. E vocês? Como foram no pub?
Martha conta da aventura da noite anterior.
-Show de horrores! Pouca gente, por causa da chuva. E os poucos casais bonitos que encontramos já estavam acompanhados. Saímos no zero a zero.
A conversa continua. Fazem os pedidos. Os pratos são servidos. Mais uma garrafa de vinho. O papo segue animado. Carla se lembra de quando ela e Júlio conheceram Freud e Martha. Aliás, de quando Júlio conheceu Martha.
-Todo mundo da roda parou para assistir o beijo de vocês dois.
Martha se espanta.
-Como assim?! Eu não me lembro disso.
Freud explica.
-Você já tinha bebido várias doses de gin. E foi isso mesmo. Estávamos conversando, nos apresentando e de repente vocês dois estavam se agarrando.
-Júlio, me socorre. Não fizemos isso.
-Pior que fizemos, Martha. Depois até tomei dura da Carla.
Todos riem da situação. Carla complementa.
-E quando você chegou no quarto, aí é que deu um show mesmo, né?!
Martha explica.
-Eu bebi e dormi. Freud ficou frustrado. Quando Júlio nos convidou, ele me acordou. Eu fiquei brava. Aprontamos e fomos. Eu cheguei lá puta, disposta a mostrar do que sou capaz. E mostrei.
Júlio comemora.
-E eu me dei bem!
Carla fala de seu drama na festa naquele quarto.
-Vocês se deram bem. Eu fiquei a ver navios. De um lado, Freud bravo. Do outro, outro amigo bêbado. Nenhum dos dois funcionando. E eu no meio, chupando o dedo.
Mais risadas. Falam dos planos para hoje. Vão todos juntos para a casa de swing. Freud e Martha irão com Amanda.
-É uma amiga nossa. Ela ainda não conhece uma casa de swing e vamos acompanhá-la nessa aventura.
Júlio não perde a chance.
-Opa, pode deixar que eu mostro tudo pra ela.
Carla alfineta o marido.
-Eu sei bem o que você quer mostrar pra ela, safado!
Pedem a conta. Martha fala de seus planos.
-Preciso dormir. Senão não aguento a noitada.
Júlio ainda tenta algo diferente, falando com Freud.
-Poderíamos fazer uma matinê lá no hotel.
Martha se despede de Júlio e Freud nem consegue responder. Carla puxa Júlio e saem. Logo cada casal está a caminho do seu hotel.