Esquenta em São Paulo

Freud e Martha e a amiga Amanda participam de um esquenta no quarto de Júlio e Carla, antes de visitarem uma casa de swing. E o clima esquenta mais do que o esperado.

Esquenta em São Paulo
Foto de Arisa Chattasa na Unsplash

-Eles chegam em vinte minutos, Freud. Carla mandou mensagem.

-Ótimo. Vou pedir um vinho, então.

O garçom serve o vinho escolhido. O restaurante está cheio. Freud e Martha escolhem seus pratos, enquanto aguardam a chegada de Júlio e Carla. Eles chegam.

-Quanto tempo, Freud! Que bom revê-lo!

-Olá Júlio, como está! Oi Carla, tudo bem?!

Os quatro se cumprimentam. Sentam-se à mesa. O garçom trás mais taças. Freud faz o brinde.

-Ao nosso reencontro!

A animação toma conta do grupo. Júlio e Carla foram a uma casa de swing na noite anterior. Júlio dá os detalhes.

-Estava lotada! É semana de aniversário da casa. Ontem tinha uma atração famosa tocando. Encontramos com alguns amigos e fizemos novos. Foi muito divertido!

Carla completa.

-Fomos dormir já com o dia amanhecendo. E vocês? Como foram no pub?

Martha conta da aventura da noite anterior.

-Show de horrores! Pouca gente, por causa da chuva. E os poucos casais bonitos que encontramos já estavam acompanhados. Saímos no zero a zero.

A conversa continua. Fazem os pedidos. Os pratos são servidos. Mais uma garrafa de vinho. O papo segue animado. Carla se lembra de quando ela e Júlio conheceram Freud e Martha. Aliás, de quando Júlio conheceu Martha.

-Todo mundo da roda parou para assistir o beijo de vocês dois.

Martha se espanta.

-Como assim?! Eu não me lembro disso.

Freud explica.

-Você já tinha bebido várias doses de gin. E foi isso mesmo. Estávamos conversando, nos apresentando e de repente vocês dois estavam se agarrando.

-Júlio, me socorre. Não fizemos isso.

-Pior que fizemos, Martha. Depois até tomei dura da Carla.

Todos riem da situação. Carla complementa.

-E quando você chegou no quarto, aí é que deu um show mesmo, né?!

Martha explica.

-Eu bebi e dormi. Freud ficou frustrado. Quando Júlio nos convidou, ele me acordou. Eu fiquei brava. Aprontamos e fomos. Eu cheguei lá puta, disposta a mostrar do que sou capaz. E mostrei.

Júlio comemora.

-E eu me dei bem!

Carla fala de seu drama na festa naquele quarto.

-Vocês se deram bem. Eu fiquei a ver navios. De um lado, Freud bravo. Do outro, outro amigo bêbado. Nenhum dos dois funcionando. E eu no meio, chupando o dedo.

Mais risadas. Falam dos planos para hoje. Vão todos juntos para a casa de swing. Freud e Martha irão com Amanda.

-É uma amiga nossa. Ela ainda não conhece uma casa de swing e vamos acompanhá-la nessa aventura.

Júlio não perde a chance.

-Opa, pode deixar que eu mostro tudo pra ela.

Carla alfineta o marido.

-Eu sei bem o que você quer mostrar pra ela, safado!

Pedem a conta. Martha fala de seus planos.

-Preciso dormir. Senão não aguento a noitada.

Júlio ainda tenta algo diferente, falando com Freud.

-Poderíamos fazer uma matinê lá no hotel.

Martha se despede de Júlio e Freud nem consegue responder. Carla puxa Júlio e saem. Logo cada casal está a caminho do seu hotel.