Corridinha Matinal

Freud acompanha uma amiga em uma corrida matinal no Parque Ibirapuera. E demora a entender os desejos dela.

Corridinha Matinal
Photo by Alex McCarthy on Unsplash

Parque Ibirapuera, Sábado, cinco da manhã.

-Vou fazer doze quilômetros, e você?

-Te acompanho, vá no seu ritmo.

Ela lidera, num ritmo tranquilo, o “pace fofoca”.

-Meu encontro ontem não deu certo.

-Teve que recorrer ao marido?

-Ele estava dormindo quando voltei.

-Usou seus brinquedos?

-Guardei para hoje.

-Energia para a corrida?

-Para a corrida, tomei creatina.

-Presente para o marido quando voltar?

-Ele está de castigo. Dormiu cedo ontem.

-Ah, outro encontro depois da corrida?!

-Você é sempre lerdo assim, Freud?!

Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.

Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.

As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.

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