Buenos Aires
Freud e Martha almoçam no Mercado de San Telmo. Na hora de pagar a conta, Martha sugere pagar a gorjeta de outra forma.

Mercado de San Telmo, lotado. Freud e Martha sentam-se no balcão. Ele pede:
-Um choripan e duas pintas.
O garçom vai buscar. Martha sussurra:
-Alto, tatuado e musculoso. Ele é o meu número, Freud.
-Ele está trabalhando, Martha.
Ela sorri. Comem, bebem, riem, brincam. Ela paga a conta, com cartão. Corre a ponta dos dedos sobre a mão dele e arrisca:
-Posso pagar lá propina em beijos?
Ele olha para Freud e para ela. Martha tranquiliza, sussurrando:
-Ele espera aqui.
Ele sorri. Aponta com os olhos a porta na ponta do balcão.
-Freud, vou ao banheiro.
Entretido com o celular, só se dá conta quando ela volta.
-Demorou, Martha.
-Sim, foi demorado, Freud. Extenso, também. E robusto. Como eu esperava.
O sorriso no rosto dela e o olhar do garçom voltando para o bar o fazem entender:
-Martha, outro Argentino?!
-Os portenhos são um vício, Freud. Um vício!
Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.
Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.
As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.
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