Buenos Aires

Freud e Martha almoçam no Mercado de San Telmo. Na hora de pagar a conta, Martha sugere pagar a gorjeta de outra forma.

Buenos Aires
Photo by Nicolás Flor on Unsplash

Mercado de San Telmo, lotado. Freud e Martha sentam-se no balcão. Ele pede:

-Um choripan e duas pintas.

O garçom vai buscar. Martha sussurra:

-Alto, tatuado e musculoso. Ele é o meu número, Freud.

-Ele está trabalhando, Martha.

Ela sorri. Comem, bebem, riem, brincam. Ela paga a conta, com cartão. Corre a ponta dos dedos sobre a mão dele e arrisca:

-Posso pagar lá propina em beijos?

Ele olha para Freud e para ela. Martha tranquiliza, sussurrando:

-Ele espera aqui.

Ele sorri. Aponta com os olhos a porta na ponta do balcão.

-Freud, vou ao banheiro.

Entretido com o celular, só se dá conta quando ela volta.

-Demorou, Martha.

-Sim, foi demorado, Freud. Extenso, também. E robusto. Como eu esperava.

O sorriso no rosto dela e o olhar do garçom voltando para o bar o fazem entender:

-Martha, outro Argentino?!

-Os portenhos são um vício, Freud. Um vício!

Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.

Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.

As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.

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