Bilhetes Misteriosos
Bilhetes sem assinatura despertam a curiosidade de Martha e ela se vê em situações inimagináveis, que culminam com um ataque inesperado no banheiro do Bar dos Arcos.

Quinta-feira, São Paulo, sete da manhã. Freud retorna ao hotel, depois do treino de corrida no Parque Ibirapuera. Entra em silêncio no quarto escuro. Martha ainda dorme.
Com cuidado para não acordá-la, Freud vai para o banheiro. Suado. Cansado. Treino forte. Tira a roupa. Abre o chuveiro. Água quente co corpo. Banho gostoso. Relaxante.
Lava a roupa suja no chuveiro. Faz a barba. Escova os dentes. Perfuma-se. De volta ao quarto, estende a roupa no chão, ao lado da janela. Veste uma cueca e deita-se na cama. Abraça Martha.
-Bom dia, querida.
Ela se aninha no peito do namorado. Sonolenta. Ele insiste.
-Dormiu bem?
-Uhum…
-Eu fui correr. Tomei banho e vou me aprontar. Daqui a pouco eu saio.
Despertando, ela quer mais detalhes.
-Onde você vai?
-Tenho duas reuniões hoje. De manhã, em Osasco. A tarde em Barueri. Volto no final do dia.
Ela já sabia das reuniões. Mas faz um charme.
-Vai me deixar sozinha?
À pergunta, ela adiciona uma rebolada leve. Depois, apalpa o namorado por cima da cueca. E completa.
-Fica aqui… tô com tesão…
Freud suspira. Aperta a bunda da namorada. Passa a mão em seus peitos. Sente os mamilos enrijecidos. Antes que a situação fuja do controle, ele a segura forte pelo cabelo, perto da nuca.
-Tenho que ir, safada. À noite eu te ajudo com o seu tesão.
-Ai! Doeu!
Ele sorri. Trocam um beijo. Ele se levanta. Abre a janela. A luz do dia ilumina o quarto. Freud se veste para as reuniões. Martha assiste. E provoca.
-Acordei com vontade de dar a bunda… não sei se essa vontade vai durar até de tarde…
Freud olha para a cama. Ela puxou o lençol e subiu a camisola. Exibe a bunda com a calcinha enfiada. Rebola levemente. Golpe baixo! Ele murmura.
-Filha da puta…
Ela sorri. Sabe que ele não vai desistir das reuniões. São importantes. Só quer garantir que vai passar o dia pensando nela. Pronto, ele senta na cama ao lado dela.
-Aqui ao lado tem aquela padaria que você gosta. Tome café lá…
Ela faz uma última provocação, passando a ponta dos dedos no cacete dele, sobre a calça.
-Vai mesmo me deixar aqui com tesão, né?!
Ele se levanta. Beija-a na face.
-Tchau, querida!
Freud deixa o quarto. Martha sorri. Puxa o lençol e dorme mais um pouco.