Assistindo de Camarote
Freud provoca Martha a apenas assistir uma transa entre ele e uma amiga. Ela topa. E depois de assistir, apresenta o seu preço por atender o desejo dele.

A garrafa de vinho já está na metade. O sol já se foi e a noite trouxe o frio com ela. Na sacada, Freud e Martha trocam amenidades, apreciando a paisagem e saboreando os petiscos com o vinho. Martha aproveita a chance.
-E como vão seus contatinhos, Freud?!
-Estão bem, Martha.
-Quero mais detalhes, querido.
-Semana passada eu me encontrei com a enfermeira. Foi quente. Ela estava bem animada.
-Comeu a bunda dela?
-Sim.
-Bateu?
-Sim, ela pediu uns tapas. Disse que estava precisando, para relaxar.
-Quando vão se ver de novo?
-Não sei. A agenda dela é apertada. A minha também. Quando marcarmos, eu te aviso.
Freud serve mais vinho para os dois. Martha continua.
-E a professora de São Paulo?
-Não nos vimos na última vez que fui lá. Sei que está bem, mas nos falamos muito pouco.
-Ela está namorando?
-Não há sinais disso na rede social dela, mas ela é discreta.
Seguem conversando. Conhecem as amigas e os amigos coloridos um do outro pelos apelidos, sem identificar realmente quem são. É um cuidado combinado entre eles, em respeito à privacidade dos envolvidos.
-E a contadora aqui da cidade?
-Ela está bem. Falei com ela semana passada.
-Vai encontrá-la essa semana?
-Não sei. Não nos falamos.
-Ela trepa bem?!
-Muito bem! E adora dar a bunda.
-Sei! Gostou da bunda dela, né?!
-Aham.
-É melhor do que a minha?
Ele toma um gole de vinho. Sorri.
-Não é uma competição, Martha. Você sabe disso.
-Eu sei, mas não custa checar, né?!