Assistindo de Camarote

Freud provoca Martha a apenas assistir uma transa entre ele e uma amiga. Ela topa. E depois de assistir, apresenta o seu preço por atender o desejo dele.

Assistindo de Camarote
Foto de Ali Mucci na Unsplash

A garrafa de vinho já está na metade. O sol já se foi e a noite trouxe o frio com ela. Na sacada, Freud e Martha trocam amenidades, apreciando a paisagem e saboreando os petiscos com o vinho. Martha aproveita a chance.

-E como vão seus contatinhos, Freud?!

-Estão bem, Martha.

-Quero mais detalhes, querido.

-Semana passada eu me encontrei com a enfermeira. Foi quente. Ela estava bem animada.

-Comeu a bunda dela?

-Sim.

-Bateu?

-Sim, ela pediu uns tapas. Disse que estava precisando, para relaxar.

-Quando vão se ver de novo?

-Não sei. A agenda dela é apertada. A minha também. Quando marcarmos, eu te aviso.

Freud serve mais vinho para os dois. Martha continua.

-E a professora de São Paulo?

-Não nos vimos na última vez que fui lá. Sei que está bem, mas nos falamos muito pouco.

-Ela está namorando?

-Não há sinais disso na rede social dela, mas ela é discreta.

Seguem conversando. Conhecem as amigas e os amigos coloridos um do outro pelos apelidos, sem identificar realmente quem são. É um cuidado combinado entre eles, em respeito à privacidade dos envolvidos.

-E a contadora aqui da cidade?

-Ela está bem. Falei com ela semana passada.

-Vai encontrá-la essa semana?

-Não sei. Não nos falamos.

-Ela trepa bem?!

-Muito bem! E adora dar a bunda.

-Sei! Gostou da bunda dela, né?!

-Aham.

-É melhor do que a minha?

Ele toma um gole de vinho. Sorri.

-Não é uma competição, Martha. Você sabe disso.

-Eu sei, mas não custa checar, né?!