As Irmãs Gêmeas
As duas irmãs gêmeas que Freud conhece no Parque Ibirapuera pedem para conhecer a vista do seu quarto de hotel. Lá, elas o convidam para um banho. O resultado é surpreendente.

São Paulo. Cinco da manhã. Freud desce do Uber no Portão 10 do Parque Ibirapuera. Alonga-se. Escolhe a playlist e coloca os fones de ouvido. Começa o treino. Serão doze quilômetros em ritmo forte.
O Sol dá as caras lá pelo terceiro quilômetro. Aos poucos, o parque começa a receber mais corredores. Freud corre no sentido anti horário, como a maioria. A playlist animada ajuda e o ritmo segue forte, dentro do programado pelo treinador.
Na segunda volta, ele a vê pela primeira vez. Ela está no sentido contrário. Ele a percebe de longe. Alta, esbelta, postura elegante. Não dá para ignorar. Passam próximos. Sente o perfume dela.
Mais à frente, se cruzam de novo. Freud sustenta o olhar. Ela devolve um sorriso. Quando passam um pelo outro, ele não resiste e olha para trás. Bunda saliente, redondinha. O cabelo liso, preso em um belíssimo rabo de cavalo. Coxas grossas. Alguns metros depois, ela se vira também. Pego no pulo, Freud sorri. Ela devolve. Sorriso sapeca.
Se cruzam mais duas vezes. A troca de sorrisos se intensifica. Não param para conversar. Freud completa o treino. Alonga-se ao lado da pista. Vai ao banheiro. Lava as mãos e o rosto. De volta à pista, aborda a vendedora.
-Quanto é a água de coco?
-Dez reais.
-Quero uma, por favor. No crédito.
Freud toma sua água. Torce para que ela passe vez por ali mais uma vez.