A Viagem de Trem
No trem entre Munique e Praga, Freud e Martha são surpreendidos com o atrevimento do casal de argentinos que além da cabine, divide o vinho e carícias com eles.

O céu azul enfeita a manhã fria em Munique. Mesmo com sol brilhando, a temperatura não passa dos quinze graus. Freud e Martha deixam o hotel cedo e caminham pela cidade.
-Gostou de Munique, Martha?
-Adorei, Freud. Que cidade linda. Dá vontade de ficar mais.
-Sim, dá. Mas acho que também vamos gostar de Praga.
-Quanto tempo até chegarmos lá?
-Serão cinco horas de trem, mais ou menos.
-E tem almoço no trem?
-Tem, mas é melhor comprarmos vinho, pão e salame. Nossos lugares são numa cabine e temos uma mesa.
-Ai, que delícia. Adorei!
No caminho até a estação, compram o vinho, os pães, salames e queijos no supermercado. Na Estação Central, antes do embarque, tomam um café quente e comem um croissant.
Chegam à plataforma meia hora antes da partida. O trem chega logo depois. Eles se acomodam na cabine para seis pessoas. Os lugares deles são um de frente para o outro, ao lado da janela. Guardam as malas. Freud prepara a mesa com os petiscos. Da mochila tira as taças de plástico, o abridor de vinhos, toalha para a mesa e guardanapos.
Martha está encantada com a comodidade da cabine. E torce para que não sejam importunados.
-Freud, tomara que não chegue mais ninguém e a cabine fique só para nós.
-Martha, esse horário é de pouco movimento. A chance disso acontecer é boa.
Serve o vinho e brindam.
-À nossa viagem, Martha.
-Às aventuras na nossa viagem, Freud.
Freud sorri. Lembra do que fizeram em Munique e imagina o que virá pela frente. Praga, Viena e Budapeste estão no roteiro dos próximos dias.