A Doida do Uber

De madrugada, Martha e Freud precisam lidar com uma motorista de Uber muito doida. E a aventura termina com uma oferta de ajuda que Martha faz e a motorista aceita.

A Doida do Uber
Photo by Ilia Mohammadshahi on Unsplash

-Freud, são quatro da manhã. Vamos embora.

-Tá bom, Martha. Vou chamar o Uber.

O Uber chega. Uma motorista. Muito alegre.

-Boa noite, casal lindo. Gostaram da festa?

Martha assume a conversa.

-Sim, gostamos. Pelo sotaque, não é brasileira, né?!

-Sou colombiana. E adoro essas festas! Beijaram muito?!

-Beijamos! Eu mais que ele…

-Ah, você é uma das minhas.

Enquanto conversam, ela dirige rápido. Muito rápido. Fura sinais. Salta quebra-molas. Faz um retorno pela contramão. Se justifica.

-De madrugada, ninguém vê.

Freud e Martha se olham assustados. Ele tenta intervir.

-Glória, não estamos com pressa…

-Ah, achei que quisessem chegar logo para treparem.

Risadas de todos. Ela diminui a velocidade. Conta sua história.

-Meu marido me deixou sozinha no Carnaval. Foi visitar a esposa Argentina. Estou subindo pelas paredes. Daí fico assim, elétrica.

Martha avalia a moça. Gosta do que vê. Joga a isca.

-Há outras maneiras de se acalmar…

Chegam ao destino. O casal desce. A moça morde a isca.

-Querem me acalmar?

Martha não titubeia:

-Venha, vamos subir!

Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.

Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.

As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.

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