A Doida do Uber
De madrugada, Martha e Freud precisam lidar com uma motorista de Uber muito doida. E a aventura termina com uma oferta de ajuda que Martha faz e a motorista aceita.

-Freud, são quatro da manhã. Vamos embora.
-Tá bom, Martha. Vou chamar o Uber.
O Uber chega. Uma motorista. Muito alegre.
-Boa noite, casal lindo. Gostaram da festa?
Martha assume a conversa.
-Sim, gostamos. Pelo sotaque, não é brasileira, né?!
-Sou colombiana. E adoro essas festas! Beijaram muito?!
-Beijamos! Eu mais que ele…
-Ah, você é uma das minhas.
Enquanto conversam, ela dirige rápido. Muito rápido. Fura sinais. Salta quebra-molas. Faz um retorno pela contramão. Se justifica.
-De madrugada, ninguém vê.
Freud e Martha se olham assustados. Ele tenta intervir.
-Glória, não estamos com pressa…
-Ah, achei que quisessem chegar logo para treparem.
Risadas de todos. Ela diminui a velocidade. Conta sua história.
-Meu marido me deixou sozinha no Carnaval. Foi visitar a esposa Argentina. Estou subindo pelas paredes. Daí fico assim, elétrica.
Martha avalia a moça. Gosta do que vê. Joga a isca.
-Há outras maneiras de se acalmar…
Chegam ao destino. O casal desce. A moça morde a isca.
-Querem me acalmar?
Martha não titubeia:
-Venha, vamos subir!
Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.
Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.
As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.
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