A Casada do Chat

A amizade começou no chat, passou por um almoço em São Paulo e terminou com a realização de um desejo de Freud.

A Casada do Chat
Foto de Brooke Cagle na Unsplash

Desde que comecei a usar a Internet, sempre gostei de participar das salas de bate papo. Meu objetivo é conhecer mulheres. Já tive grandes decepções e algumas surpresas bastante agradáveis. Sandra foi uma dessas balas surpresas. Quando nos cruzamos pela primeira vez ela estava na sala da minha cidade, apesar de morar em Florianópolis. Muito arredia e desconfiada, ficamos mais de três horas no chat até que ela criou coragem e me adicionou no MSN.

Casada, 34 anos e mãe de uma garota de oito, Sandra estava com problemas no casamento. O marido trabalhava muito e ela, que abrira mão da profissão quando a filha nascera, se sentia solitária. Parece que somos dois estranhos que moram na mesma casa, ela chegou a me dizer.

A distância funcionava como uma garantia de que nada de mais sério aconteceria entre a gente e isso fez Sandra se soltar. Ela tinha em mim uma "melhor amiga" e me contava todas suas angústias. Eu gostava das nossas conversas - era uma maneira de aprender mais sobre o casamento e ao mesmo tempo tinha a chance de ajudá-la, como realmente aconteceu em algumas ocasiões. Juntos descobrimos que haviam coisas que ela poderia fazer para trazer de volta o clima do início do casamento quando, segunda ela, era uma trepada atrás da outra!

Encorajei Sandra a retomar as atividades físicas e a melhorar a alimentação. Em poucos meses ela recuperou a velha forma de garota de praia e voltou a chamar a atenção por onde passava. Com uma provocação aqui e outra acolá de Sandra, o casamento entrou nos eixos novamente.

Sandra sabia que eu era tarado por sexo anal e eu sabia que ela não gostava dessa prática. Ela não era nenhuma santa e havia tido vários homens antes do casamento, mas realmente não gostava de dar a bunda. Eu dizia a ela que era porque não havia encontrado um homem que soubesse fazer o serviço direito e ela, protegida pela distância, me desafiava, dizendo que eu fazia muita propaganda, mas ela achava que eu não era de nada. Algumas vezes essas provocações tomavam toda a nossa tarde, que era quando mais nos encontrávamos no MSN.