A Aposta

Freud e Martha fazem uma aposta para passar o tempo. Pensando no prêmio, Martha perde, deliberadamente.

A Aposta
Foto de Nejc Soklič na Unsplash

Domingo, final de tarde, o jogo de futebol já acabou e a noite vem chegando.

Freud e Martha no sofá, largados. Ele passeia pelos filmes da Netflix. Ela navega pelo celular. Freud quebra o silêncio.

-Martha, quer fazer uma aposta?

-Aposta sobre o quê?

-Só para brincarmos. Eu faço uma pergunta. Se você acertar, você ganha. Se errar, eu ganho.

-E ganho o quê?

-O que você quer ganhar?

-Sei lá, ué?! Você que propôs a aposta…

-Uma taça de vinho. Se acertar, eu pego pra você. Se errar, você pega pra mim.

Ela alcança a taça que está na mesa.

-Já estou com vinho aqui, Freud.

-Ah, Martha, então não sei. Deixa quieto.

-Tenho uma ideia. Se eu acertar, você faz o jantar. Se eu errar, você come minha bunda.

-Gostei. Posso perguntar?

-Pode.

-Ok, uma pergunta fácil para começar. Quero fazer o jantar. Qual a capital do Brasil?

Martha toma um pouco mais de vinho. Olha para a taça, olha para Freud, sorri e responde, com firmeza:

-Uberlândia.

Um aperitivo do que acontece a portas fechadas.

Você acabou de ler uma Rapidinha: uma cena, um desejo, um momento de sinceridade sem filtros. É o tipo de história que serve para aguçar a sua imaginação.

As aventuras mais complexas, as jornadas completas com início, meio e clímax... essas eu guardo para o meu círculo secreto.

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